domingo, 31 de janeiro de 2010

Continuando a Leitura...




Capítulo 4
"Recomeço"

Ao ver sua filha,caida no chão e desacordada,ele pela primeira vez sentiu um aperto no peito. Em suas veias corria um sentimento de culpa. Ele não devia ter deixado a garota sozinha naquela sala. - Meu Deus! O que eu fiz?!-Disse o homem,olhando para sua filha desmaiada nos braços de sua esposa.

A menina começou a abrir os olhos lentamente; a primeira imagem que avistou,foi o rosto de sua mãe,que parecia,agora,aliviada.- Meu amor. Você está bem?

- Pergunta,colocando uma mecha do cabelo negro de Laurenne atrás de sua orelha. A menina senta-se lentamente,ainda no chão ela abaixa seu olhar - Estou. A pancada não foi tão forte assim.-Diz lentamente.

Robert,que estava parado,observando sua esposa e filha,ergue a mão diante de Laurenne,dizendo- Vamos filha. Levante-se desse chão.- Ao ver essa cena, Dênica liberou um leve sorriso. Laurenne então,levantou-se,e apoiada em seu pai,subiu rumo ao quarto,cena que não era vista,desde que a menina tinha seus 8 anos de idade.

Apesar do ocorrido, Dênica parecia contente, pois agora via,que por trás da face carrancuda e fria de Robert,e da forma rispida que ele tratava Laurenne, havia um pai,que preocupava-se com sua filha,e que não suportaria ver nada de ruim acontecer a ela.Agora ela entendia porque ele tratava a garota daquela forma. Não era vergonha por ela ser como era ,mas preocupação,em nao deixá-la sofrer,por ser tão diferente.

Dênica então sobe rumo ao quarto,degrau,por degrau...

E então para em meio a escada. Parecia ter ouvido o rangir da janela,então voltou para conferir. Sim,o forte vento da madrugada foi o culpado por abri-la....

Após fechá-la,finalmente subiu para ver como Laurenne estava.

No quarto,a menina estava em pé,parada diante de outra janela...

Seus pensamentos pareciam distantes. Dênica adentrou silenciosamente no quarto. Deparou-se então com seu esposo,sentado diante da escrivaninha,fazendo algumas anotações. Seu semblante parecia preocupado.- Aconteceu alguma coisa?- Susurrou ela,ao aproximar-se de Robert,que respondeu levantando-se,enquanto dobrava seus papéis- Não. Mas precisamos ter uma séria conversa.- Ele deu um leve beijo na face de sua esposa,e seguiu rumo a porta do quarto. - Fique com Laurenne. Tenho de organizar algumas coisas lá em baixo. - Disse ao fechar a porta.

Laurenne virou-se,e sentou-se em sua cama. - Acho que vou gostar de morar aqui.- Disse enquanto mapeava o quarto com o seu olhar. - Dênica sentou-se ao seu lado,e a abraçou dizendo- Espero que sim,querida. Espero que sim.-Ela fez compania a menina,até vê-la adormecer.-Depois caminhou até a janela,para verificar se estava bem trancada,fechou as cortinas,cobriu sua filha,e a beijou em sua testa. Apagou a luz,e saiu do quarto.

Robert preparava um Wiskey,quando virou-se e viu Dênica observando-o,sorridente. - Gostei do que fez.-Disse ela . Ele levantou uma de suas sombranselhas com um sorriso no canto da boca - Mas o que eu fiz? - Perguntou aproximando-se da esposa e entregando a ela um copo de blended standard.- Você sabe que prefiro vinho.- Diz ela que sorriu e abraçou-o carinhosamente - Não faz uma desfeita dessas, esperei três anos pra abrir esse Wiskey. - Dênica parou por um momento, ao ouvir o comentário do marido,e sentando-se a mesa, disse. - Esperou tanto,e só abriu hoje? Nossa,hoje foi tão especial assim?- Ele respirou fundo,olhou para o copo que ainda segurava em sua mão,e disse - Sabia que um Wiskey só pode ser chamado de Scotch se envelhecer pelo menos três anos em um barril? - Ela levantou-se da mesa,e tomou o copo de sua mão. - Não muda de assunto. O que tem de tão especial hoje?

-Simplismente,porque hoje reiniciaremos nossas vidas .Cidade nova, casa nova,vida nova. E não a nada mais especial,do que ter a possibilidade de um recomeço. Não sei por que,mas acho que aqui seremos finalmente felizes.- Dênica guardava o Wiskey enquanto dizia - Laurene também está com bons presentimentos. Espero que vocês tenham razão.

Lá fora o sol nascia um pouco timido,mas podia-se perceber,que a manhã já havia chegado,e eles ainda não haviam descansado. - Vamos dormir um pouco?- Disse Robert. Dênica o puxou pelo braço,e perguntou - E a conversa séria,que você queria ter comigo?- Ele tirou a mão dela do seu braço,e colocou-o em volta de seus ombros,dizendo - É um assunto que requer bastante reflexão. É melhor descansarmos um pouco. Ainda há muito o que arrumar nessa casa.

Eles sobiram para o quarto.

Tinham viajado durante horas para chegar em Monroenville. E a primeira noite deles naquele casarão,havia sido bastante exaustiva e desgastante.

Os anos vividos desde que Laurenne começou a demostrar seus poderes paranormais,não haviam sido os melhores,muito pelo contrário,foram anos sofridos e de muitas casas,escolas,amigos e trabalhos deixados para trás.

Recomendaria-vos muitas horas de descanso. Pois a estadia em Monroeville,revelaria ainda,muitas surpresas desagradáveis.


sábado, 30 de janeiro de 2010

De volta Novamente!

Olá pessoal.


Estou aqui para pedir desculpas a vocês,por nos últimos meses não ter postado mais capítulos de "Aprisionada nas paredes".


Tive alguns imprevistos,na minha vida pessoal. E também estava preparando novos capítulos para vocês.


Hoje estou de volta,e com um presentinho a todos. A alguns meses atrás,preparei um video,com o resumo de ANP,e hoje estou aqui para mostrá-lo a vocês.


Este é,digamos, o "trailer" da história.


Espero que gostem.


Beijosss =X

sábado, 21 de novembro de 2009

Continuação de Aprisionada nas paredes...

Capítulo 3
"Sussurros"


Estava frio,nublado lá fora e a primeira noite da familia Montreal em sua nova casa, reservava ainda muitas surpresas...

-Querida de...de...deve ter sido apenas o barulho do vento-Diz Dênica que gaguejava um tanto nervosa.Com as mãos nos ombros da filha ela a aproxima de si,e fecha a porta.- Vamos descer,seu pai precisa de ajuda lá em baixo para organizar algumas coisas.-Laurenne suspira desapontada enquanto tentava olhar por cima de seu ombro em direção a porta de seu quarto.-Mas mamãe,ainda está aqui.Eu sei que está.-Tenta argumenta a menina.
Sua mãe parecia preocupada e receosa,porém fingiu não dar atenção. -Querida,seu pai não dá conta do serviço sozinho. Vamos descendo depressa!

Elas então descem as escadas. No meio da sala estava Robert, que percebe pelo semblante de Dênica,que tinha acontecido algo no andar de cima.-O que houve?-Pergunta ele,colocando um porta-retrato em cima da mesa.-Nada papai. Não aconteceu nada.-Diz Laurenne,que ao avistar a foto senta-se na poltrona e a pega dizendo-Eu lembro desse dia. Eramos tão felizes...-Querida. Por que você não desembrulha as que ainda estão na caixa?-Opina Robert. Ele beija a testa da filha,e segue com Dênica para a cozinha.

-Aconteceu alguma coisa lá . Não foi?-Ela então conta para seu marido o que tinha ocorrido. Após concluir a história Dênica engole em seco,e com lágrimas nos olhos sussurra - Está acontecendo denovo. Aonde formos eles vão nos encontrar.- Você só pode está ficando louca querida. Seja lá o que a Laurenne disse ter ouvido,ou visto,foi fruto da imaginação dela. Você sabe,não é a primeira vez que ela inventa esse tipo de coisa.- Justamente por não ser a primeira vez,é que estou começando a acreditar que possa ser verdade!-Diz Dênica levantando-se da mesa alterada. Seu marido a puxa pelo braço,e fitando-a diz -Não irei permitir que você enlouqueça também! Viemos pra cá para começar uma vida nova. Para tratarmos dessa doença que a Laurenne tem,Pois pra mim loucura é doença!-Robert solta lentamente o braço de Dênica. Ela o olha friamente,e se afastando do mesmo,sai da cozinha dizendo - Nossa filha não é louca. E você sabe, que a paranormalidade que ela tem é um dom.

Ainda na sala,Laurenne terminava de organizar os retratos,como seu pai havia pedido. A garota colocaria o último deles em uma parede. De repente escuta-se o barulho de um rangido,era a janela que tinha se abrido com a força do vento frio daquela noite. A menina se aproxima para fechá-la,quando de repente dá de cara com algo que ela não esperaria ver. A garota anda para tráz, com o grito preso na garganta,ofegante e nervosa, parecia sem reação. Ela esbarra em uma mesinha deixando cair um objeto de vidro,que chama a atenção de seus pais para o local. -Que barulho foi esse? - Pergunta Dênica que chega na sala o mais rápido possivel.- Filha? Filha fala comigo? - O que está acontecendo aqui? - Chega Robert,que se depara com Laurenne desmaiada nos braços de sua mãe.

Depois de algum tempo...


Olá pessoal!

Depois de passar um bom tempo sem postar no blog,estou de volta!

Estive ausente por que estava sem PC T_T ,e além disso tenho andado um tanto quanto atarefada.Estarei dando continuidade a história "Aprisionada nas paredes" , porém é provavel que volte a ficar "fora do ar" ,pois estou em época de provas finais,mas claro que a história não ficara parada. Agora com o PC funcionando denovo tudo voltará ao normal =D .


Obrigada pela compreenção...

beijos doces :*

domingo, 30 de agosto de 2009

Segundo Capítulo de Aprisionada nas paredes

Capítulo 2
"No andar de cima"

Laurenne chega no andar de cima.Parada no topo da escada a garota sente a presença de alguém. Ela engole em seco e olha lentamente para trás,porém nada avista -Deve ser apenas minha imaginação -Pensa ela, que começa a andar á procura de seu quarto.

O chão era de madeira e rangia a cada passo dado. Os corredores eram imensos e escuros,e as paredes pareciam olhar cada movimento feito pela menina.

Na sala ,sua mãe sentada em uma poltrona, quando Robert,seu pai, chega trazendo a bagagem que restava-Aconteceu alguma coisa?Você está tão pensativa e solitária-Pergunta ele, debrusando-se e beijando-a.

Ela então responde com um tom de tristeza na voz - Apenas estou tentando imaginar como será nossa vida daqui para frente.Se adiantará algo nos escondermos aqui-Robert olha seriamente para a esposa e diz- Nós não estamos nos escondendo de nada,nem de ninguém!Estamos apenas tentando viver sem sermos apontados como os pais da menina esquesita! Como a familía estranha,"paranormal" -Dênica que não queria dar inicio a uma discussão levanta-se e segue rumo a escada- Aonde você vai?-Pergunta Robert-Ficar longe de você! Ficar com a garota que eu não me envergonho de ter como filha.-Ao dizer isso ela deixa cair uma lágrima,seu marido tenta argumentar,porém ela sobe os degraus depressa deixado-o para trás.

- Mamãe?Aconteceu alguma coisa?-Pergunta Laurenne ajoelhando-se perto da mãe que estava sentada no corredor - Não é nada querida-responde tentando disfarçar o choro- Vocês discutiram novamente-Diz a menina abaixando a cabeça-Você não tem culpa de nada -Laurenne levanta a cabeça e vira-se lentamente,como se tivesse ouvido algo vindo do seu quarto-O que foi querida?O que você está olhando? - Pergunta sua mãe que nada estava entendendo -Você não está ouvindo mamãe?-Pergunta Laurenne,dando as costas para sua mãe e andando na direção do barulho que apenas ela ouvia.

Seguindo na direção do seu quarto ela anda lentamente,põe a mão na maçaneta da porta e abrindo-a com cuidado -Parou-Diz ela desapontada ao abrir a porta por inteiro- O que era querida? O que você estava ouvindo? -Pergunta sua mãe apreensiva.Ela então responde com normalidade- Sussurros. Alguém estava sussurrando algo,mas eu não consegui compreender.

domingo, 16 de agosto de 2009

"Aprisionada nas paredes "



Capítulo 1

"A chegada da família Montreal"

Mais um dia renasce em Monroeville. Por trás dos montes,nenhum raio de sol surge para desvanescer com as cortinas nebulosas que pairavam sobre a cidade,e ocultavam o céu azul e límpido; da mesma maneira que um véu cobre a face da bela noiva,transmitindo ao ambiente um ar de mistério.

Naquele dia frio e silencioso, um casarão antigo que durante muito tempo esteve desocupado,ganha vida novamente,com a chegada da família Montreal.

-Essa é a casa! Aqui teremos finalmente a paz e tranquilidade que sempre desejamos!-Diz Robert ao descer do carro e caminhar até o porta-malas,para retirar suas bagagens. Dênica,sua esposa, o acompanhou e após retirar a última mala,ela para,respira fundo,olha para a casa e de volta á seu esposo diz:

-Você não acha que essa casa é um pouco afastada de tudo ? Digamos,um tanto quanto isolada?-Robert então responde enquanto fecha a porta do carro: - É melhor ficarmos aqui ,do que ter que enfrentar os problemas que a doença de Laurenne nos causa! -dando enfase nas dua últimas palavras ele bate a porta brutalmente.Dênica,sem acreditar no que estava ouvindo passa a mão no rosto e diz:- Não podemos manter a nossa filha em cativeiro ! E isso não é uma doença, é um dom!

- Dom? Eu chamo isso de maldição! - Diz Robert dando um soco na janela do carro - Se isso vai manter Laurenne protegida,então que ela permaneça eternamente trancada naquele quarto!- Quando se vira,ele depara-se com sua filha,Laurenne,parada diante dos pais,ela com a pele braca como um maço de algodão,e com seus cabelos lisos e negros sobre seu rosto,trajava um vestido vermelho,e calçava sapatos pretos e delicados,na sua mão esquerda ela trazia uma mala.Colocando-a no chão,diz calmamente:

- Mamãe,papai. Já podemos entrar na casa ? - Seus pais se entreolharam,e após respirarem fundo,os três : Mãe,pai e filha,passam pela porta da sua nova casa,e começariam assim,uma nova vida.Na casa predominava um clima de mistério e nostáugia,como se os 15 anos que permaneceu trancada não tivessem passado,como se o tempo não a tivesse afetado.-Onde fica o meu quarto ?-Pergunta Laurenne,soltando a mala que trazia. Parada em meio a grande sala,a garota olhava para todo o lugar.Dênica,sua mãe,trazia duas enormes malas,uma de rodinha ela puxava com a mão esquerda, a outra mais pesada ela solta ao chão e responde á filha:

- Suba pela escada,os quartos estão no andar de cima. Tudo já esta mobiliado,você saberá qual é o seu.- A garota vira-se,olha para a escada que parecia não ter fim,mergulhada em meio a escuridão quase não era possivel ver o seu topo.Laurenne,coloca um de seus pés no primeiro dos degraus,segurasse no corremão,e ruidosamente pisa em cada um dos degraus,com o olhar fixo no seu topo oculto.